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A transformação da minha vida – Parte 1

A transformação da minha vida1

Muitas pessoas me perguntam como é que eu tive coragem para fazer a minha transformação de vida e, por isso, resolvi escrever um pouco da minha história através deste artigo. Mais do que uma transformação foi ir ao encontro de mim mesma.

Tudo começou no ano de 2008, tinha 35 anos.

E os 5 anos seguintes foram de muito trabalho, de pensar na carreira, de reconhecimento no trabalho, de muitas viagens, de muito ginásio, de muitos concertos e de muitas saídas com amigos, jantares, cinema, teatro… Todos os fins-de-semana tinha qualquer coisa combinada.

Em 2009 mudei de chefe e, durante um ano, o meu trabalho foi posto em causa, parecia que tudo o que tinha construído estava a ir por água abaixo. Sentia-me perdida e sem saber o que fazer. Sentia que estava a ficar maluca.

Quando surgiu a oportunidade para ir para outra área do Banco, não hesitei. Ainda havia pessoas que acreditavam no meu trabalho. Estive 7 anos nessa direcção do Banco e, durante os 2 primeiros anos, tudo correu bem. Andava calma e tranquila apesar das turbulências que aconteciam no Banco; mas depois do que tinha passado, precisava de um lugar que me transmitisse paz de espírito. E ali eu tinha isso.

Em Abril de 2012, o Banco foi comprado por outra instituição financeira e o trabalho aumentou de forma exponencial; trabalhávamos que nem uns loucos; tanta proposta de crédito para analisar. Para além disso, os nossos ordenados sofreram um decréscimo substancial.

Vamos entrar no ano de 2013, em que, mais tarde, vejo que foi o ano em que tomei consciência de como eu estava longe da minha essência, e de como a minha vida era vazia, apesar de fazer muitas coisas.

Então, por onde começar…

Cronologicamente falando, tudo começou quando o Banco decidiu não me promover nesse ano depois de tanto trabalho realizado. Foi uma facada nas costas.

A dada altura, a nossa directora falou com toda a equipa e disse que o Presidente do Banco precisava de analistas de crédito da nossa direcção para dar formação aos analistas do Banco em Angola. Em primeira instância não pensei muito nisso mas, depois analisei melhor e, dei-me como voluntária, juntamente com outra colega. Não tinha responsabilidades que me prendessem aqui e, acima de tudo, seria uma experiência pessoal e profissional diferentes e, também, financeiramente.

Mas no Verão desse ano é que fui mesmo ao chão.

Primeiro com o afastamento de uma grande amiga, sem eu saber o motivo. Nunca mais nos falámos. Não sei o motivo mas, posso dizer que, não guardo qualquer rancor em relação a ela. Foi uma pessoa demasiado importante na minha vida para que eu fique chateada ou que tenha qualquer sentimento menos bom. Na altura fiquei triste, claro, mas acima de tudo, estou-lhe grata por tudo o que fez por mim, pelo que me deu e por tudo o que passamos juntas.

Para além dessa amiga, muitas outras também se perderam. Em termos familiares, as coisas também não estavam famosas.

Foi a pior período da minha vida. Não era nada feliz!! O mundo à minha volta estava a desabar e eu estava a sentir-me a ir ao fundo.

Se a nível das relações as coisas não eram famosas; a nível profissional também não estavam melhor.

Tinha de fazer alguma coisa para mudar este panorama. E assim foi!

Em Setembro de 2013, decidi inscrever-me num retiro de desenvolvimento pessoal da Injoy, com a Satya e o Kalid, e mal sabia eu que participar nesse processo, iria mudar a minha Vida para sempre.

Percebi durante o evento que estava muito “presa” como se estivesse dentro de uma caixa. Algo se abriu ali e estou eternamente grata por tudo o que se passou, pelas práticas que fiz e pelo que veio a acontecer nos meses e anos seguintes. Este retiro foi a primeira amostra do desabrochar do meu Ser que gritava para vir cá para fora.

Como disse anteriormente, ofereci-me como voluntária para ir trabalhar para Angola e, em Janeiro até Abril de 2014, lá fui eu. Andei nisto até Abril de 2015. Posso considerar que foi um período também importante da minha vida, tanto pessoal como financeiro.

Estávamos em 2015; e já tinha voltado de vez de Angola.

Durante esse ano tive muitas “lutas” a nível do trabalho, tendo sido prejudicada na minha avaliação de desempenho por ter estado fora do Banco em Portugal. Enfim, não andava feliz e sentia que tinha de voltar a trabalhar-me para puder crescer.

E, em Março de 2016, participei como staff num retiro de desenvolvimento pessoal, idêntico ao que tinha participado. Há 3 anos que estava fora deste mundo e, foi bom voltar a olhar para mim e, a partir daqui não mais deixei de me trabalhar.

Senti que limpei o meu coração e que ele expandiu; senti paz e muita tranquilidade. Numa determinada prática, a Satya perguntou-me se estava bem e eu disse-lhe que precisava de falar com ela. A partir daí, comecei a fazer sessões individuais com a Satya.

Inicialmente, começamos por trabalhar os meus relacionamentos e curar, perdoar, chorar e entender a lição desses relacionamentos. Não foram momentos fáceis pois tive de voltar atrás no tempo, a sentimentos dolorosos, de raiva, de incompreensão e de revolta. Em suma, fiquei livre de conexões que não me faziam bem e perdoei o que havia a perdoar.

Depois trabalhámos a parte profissional e definimos vários cenários dentro e fora do Banco.

Foi um ano difícil, de trabalho interior e de limpar muita coisa do passado.

Numa sessão em Outubro de 2016 perguntei-lhe se deveria ir fazer a um retiro de 7 dias. Como é óbvio não me deu a resposta, mas em contrapartida fez-me uma pergunta: “Se num fim-de-semana a tua vida mudou como mudou, então imagina num retiro de 7 dias…”. E lá fui eu.

Esse retiro acabou por ser aquele em que dei um passo importante para ir ao encontro da minha essência e, que me fez ver como eu era naquele momento, como se encontrava a minha vida e o que tinha que mudar. Mas, principalmente, a mudança partiu de dentro de mim. Estava diferente, mas forte, mais “EU”, muito mais “EU”.

Acima de tudo redescobri a minha energia; a minha energia de adolescente, inesgotável. Era assim que me sentia, uma adolescente.

O que eu queria era Ser Mais Verdadeira, e com essa Verdade veio ao de cima a minha intensidade que tinha medo de a mostrar. Percebi que tinha de a usar, fazia e faz parte do meu Ser.

Nessa semana, e com o trabalho diário tinha vários insights e, para além dos acimas referidos, um dos mais importantes foi sobre a minha Essência.

Outro insight foi a Vulnerabilidade. Eu achava que tinha de ser dura para não sofrer, mas descobri que podemos e devemos ser vulneráveis para nos conectarmos connosco, e para mostrar a nossa beleza interior e deixarmos de ter a máscara de que aguentamos tudo. Não, não aguentamos tudo; também sofremos e devemos mostrar a nossa dor.

Devemos fazer o que nosso coração nos diz e não o que nos dizem.

Senti tantas vezes o meu coração a abrir, com diferentes sentimentos, calma, tranquilidade, gratidão.

Aceitei que o nosso lado sombra faz parte de nós e que, também, não faz mal mostrá-lo, mas tem é de ser no momento certo.

Outra emoção que estava dentro de mim era a raiva, e não tinha consciência que tinha muita raiva contida. Essa raiva foi saindo com muita dança, muitos saltos, muitos gritos, muitas lágrimas, muitas palavras, mandei cá para fora tudo o que tinha para dizer. Sentia muita energia e por fim, senti um cansaço bom, fiquei mais leve, tal como quando jogava basket.

E então o que me impedia de ser quem sou? O controlo. Principalmente o controlo das minhas emoções.

Acho que ainda não vos tinha dito, mas eu acredito em Deus e em Nossa Senhora de Fátima e, um dos dias, a minha fé veio ao de cima e foi dos dias que mais chorei de gratidão e de acreditar que as coisas podiam mudar. Acima de tudo, não devo ter medo de me mostrar. Que tenho um coração lindo, cheio de bondade e que não devo ter medo o mostrar.

Com esse largar de lágrimas percebi que tinha muito fogo dentro de mim, muita energia e fazia-me lembrar quando jogava basket, o quanto eu corria nos treinos e nos jogos de basquetebol.

Sim, estava a voltar ao passado. Que adoro o desporto e a energia física do desporto.

Depois de integrar estes insights fiquei nervosa, pois vais ter de ir lá para “fora”, para o Mundo real, sem ter de desempenhar nenhum papel, expor o meu Ser.

Li algures que quando “reencontramos” a nossa essência é como se tivéssemos renascido e, é a partir daí, que começa a contar a nossa jornada (sem esquecer todo o processo que passamos até atingir a essência).

Era como me sentia, e como ainda me sinto!

E estava a voltar às minhas origens, ao desporto, à minha energia de adolescente.

Continua…

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Paula Costinha

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